segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Clássico dos clássicos"

Sim, hoje falaremos de um filme que com certeza todo mundo já ouviu falar.


E como minha mãe gosta de dizer que é o grande "Clássico dos clássicos" do cinema. Baseado no livro homónimo de autoria de Margaret Mitchell,  "...E o vento levou" custou um pouco mais de cinco milhões de dólares e quatro anos depois de seu lançamento a renda obtida pelo filme nas bilheterias já superava os 32 milhões de dólares. Com as atuações memoráveis de Vivien Leigh e Clark Gable o filme conta a história da mimada Scarlett O'Hara, uma burguesa filha de um fazendeiro rico do sul dos E.U.A, que perde tudo com a guerra civil americana, e aos longo do filme podemos ver amadurecimento de Scarlett, principalmente sua transformação de menininha mimada em uma mulher forte e confiante que teve que passar por várias situações difíceis para conseguir manter sua fazenda e a vida de sua família.

Foi um dos maiores trabalhos entre negros e brancos na época em que o racismo vigorava. "...E o vento levou" teve 13 indicações ao Oscar e conseguiu vencer 8, sendo atualmente o segundo filme com o maior número de Oscares ganhos, ficando atrás dos empatados Titanic (onze prêmios em 14 indicações), Ben-Hur, de 1959 (onze prêmios em 12 indicações) e O Senhor dos Anéis: Retorno do Rei, de 2003 (onze prêmios em onze indicações). Vivien Leigh trabalhou nos sets de filmagem por 125 dias e recebeu uma quantia de 25 mil dólares; já Clark Gable trabalhou por 71 dias e ganhou 120 mil dólares, e pensar que hoje os atores ganham somas de dinheiro absurdas e na maioria das vezes não tem metade do talento e profissionalismo que os atores daquela época. Vivien Leigh era inglesa (apesar de ter nascido na Índia) o que deixou Clark Gable um pouco irritado quando soube que iriam oferecer um papel essencialmente norte-americano a uma atriz britânica. E como mais uma prova do racismo daquela época, Hattie McDaniel, que fez a ama de Scarlett O'Hara, tornou-se a primeira artista de origem africana a ser indicada e a receber um prêmio Oscar (o de melhor atriz coadjuvante). Porém, ela não pôde comparecer na première de "...E o vento levou", em Atlanta, por causa das leis racistas.

"...E o vento levou" mostra muito mais do que um país sendo assolado pela guerra, mostra a força e a garra de uma mulher que fez o possível e o impossível para se manter viva, cuidar de toda a sua família e manter a sua fazenda. É um dos melhores filmes que eu já vi e como tantos outros grandes filmes, sua história é imortal, e apesar de ser muito, muito, muito longo (por isso é dividido em 2 partes) vale a pena assistir essa bela obra do cinema americano.